A artrose (ou osteoartrose) é uma doença degenerativa que afeta as cartilagens, que são os tecidos que protegem as articulações. Com o seu desgaste, aumenta o atrito entre os ossos, o que provoca desconforto, dor, inflamações e deformações, dificultando e até impossibilitando movimentos. A artrose costuma se manifestar com maior frequência nas articulações da coluna, mãos, quadril e joelhos.
Como ocorre?
Por ser uma doença das articulações, identificá-la pode não ser assim tão simples.
Dentre os seus principais sintomas, podemos destacar:
- Movimentos limitados nas articulações afetadas pela condição;
- Dores nas articulações acometidas – que costumam ser mais expressivas no fim da tarde e noite;
- Rangido, aumento da temperatura e inchaço das articulações em questão;
- Rigidez da articulação após períodos de inatividade, como quando a pessoa fica algumas horas deitada no sofá ou sentada na cadeira, por exemplo.
Geralmente a artose está associada ao envelhecimento, o problema é mais frequente nas articulações de carga, ou seja, naquelas que suportam mais peso, como pés, quadril, coluna e, principalmente, joelhos.
Estudos internacionais mostram que 6% da população acima dos 30 anos já apresenta sintomas de artrose de joelho. Acima dos 45 anos, os casos sobem para quase 28%, sendo 16% deles pacientes com quadros de dor ou limitação motora. Obesidade e excessos na prática de esportes e atividades físicas aumentam os riscos.
A artrose pode ser primária ou secundária, e antes de determinar as suas causas, é preciso identificar o tipo:
- A artrose primária geralmente tem duas causas: o envelhecimento natural da pessoa ou uso em excesso de determinada articulação. O uso contínuo e excessivo, muito comum em atletas, ou como consequência de determinadas ações repetitivas, é um problema, pois causa a degeneração do líquido sinovial, que é o fluido que existe entre as articulações, e compromete também a cartilagem que é recoberta (banhada) por este líquido (chamada de membrana sinovial).
- A artrose secundária costuma ser decorrente de outras condições já existentes no indivíduo. Entre elas, destacamos a obesidade, anomalias congênitas das articulações (que podem ocorrer no nascimento), distúrbios hormonais, diabetes, gota, doença de Paget, hipotireoidismo ou artrite reumatoide.
Já os fatores de risco, ou seja, gatilhos que podem levar ao desenvolvimento da condição, são os seguintes: idade avançada, lesões nas articulações, deformidades nos ossos e biomecânica errada (desalinhamento articular).
Como prevenir?
Além da idade, existem fatores que favorecem o aparecimento da artose. Um dos mais importantes é o sobrepeso, que produz uma sobrecarga nas articulações. Então é importante que a alimentação seja equilibrada e saudável, para evitar o sobrepeso.
Outro fator importante é a atividade física, evitando exercícios de impacto. As atividades devem ser de maneira regular para que as articulações tenham frequência nos seus movimentos. Atividade de apenas de “final de semana” podem apresentam grande risco de lesões articulares, porque irá compensar o sedentarismo da semana inteira em pouco tempo.
Como tratar?
Tratamentos auxiliam tanto no mantimento da função articular e movimentação quanto na redução das dores. Entre eles, temos:
- Fisioterapia: a fisioterapia, através de técnicas como a osteopatia e a fisioterapia esportiva, é uma das maneiras mais eficazes de se garantir uma vida livre dos sintomas da artrose;
- Tratamento com medicamentos: inclui anti-inflamatórios não esteroides para alívio da dor e redução de inflamação;
- Infiltrações: por meio de injeções de ácido hialurônico ou de cortisona para alívio das dores articulares, acontece quando o tratamento conservador não é o suficiente;
A fisioterapia é um recurso que pode beneficiar o paciente. O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para retardar a progressão da doença e garantir melhor qualidade de vida. Deve ser realizada preferencialmente todos os dias, com descanso nos fins de semana, mas quando não existe esta possibilidade, recomenda-se fazer a fisioterapia pelo menos 3 vezes por semana.
Além das técnicas de fisioterapia, outro recurso muito rico que pode ser utilizado pelo fisioterapeuta é a Terapia Manual. As técnicas manuais como as massagens e as mobilizações articulares são de grande importância para manter as articulações devidamente irrigadas e alinhadas.
Se você sente esse sintoma, procure ajuda. Lembre-se que o fisioterapeuta é um profissional da saúde de primeiro contato.